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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Olhos de saudade

Passeava a bailar por suas mãos
Todo um universo em formas,
Volumes e profundidade nos vãos
Angulados a moldar octogramas.

O círculo a competir como o triângulo
E assim, aquela vaidade geométrica
Disputava o toque de seus dedos, ângulo
A ângulo num bailar em que a rítmica

Era constante. Um moto contínuo. Rodaviva
Que osculava a face da atemporaneidade.
Coisas tão racionais assim faziam-na ativa.

Característica herdada de seus ancestrais,
Além é claro, daqueles olhos de saudade
Do leste europeu. Hoje filha de terras tropicais.

Élcio